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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lembranças

 

Lembranças.
Caminhos secretos percorri, por toda minha vida achei que fosse
fácil crescer, e agora que cresci sinto falta desses caminhos.
Meu pai diz que nunca me viu chorar, mas é porque meu choro é em
silêncio, minhas lágrimas rolam imperceptíveis molhando meu rosto sem
deixar vestígios, caminha silenciosa, quente e serena, apenas sinto, e então me calo.  
 Às vezes, quando não há ninguém por perto, me entrego ao choro, deixo-me enrubescer
 e soluçar, enquanto as lágrimas rolam formando traços marcantes,
 que viram cicatrizes invisíveis.
Nessas horas me pareço sufocar e então, minha respiração cessa por alguns
 segundos, depois me acalmo e tento continuar a viver.
No dicionário, lágrima é citada como gotas de humor segregado pelas
glândulas dos olhos.  Na ciência pode ser, mas eu acredito em algo mais
profundo, algo que vem de dentro do peito, ou de algum lugar secreto,
onde ninguém nunca pôde chegar ou explorar.
Mesmo assim, trago lembranças, boas ou ruins, não importa,
as lembranças sempre trazem a saudade,
 a saudade sempre traz as lágrimas. 
E as lágrimas sempre trazem a certeza de que existem caminhos secretos a percorrer,
 e essa certeza sempre traz a vontade de continuar.

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